Ontem festejou-se mais um “dia da Mãe”. Celebro este dia
desde que me lembro de ser pessoa, e sempre com flores, de filha para mãe. Desde
há três anos que passei eu a receber flores e manualidades várias, peças de
valor inestimável. Sou mãe.
Sou mãe num país que, apesar de envelhecido, continua a
desacreditar o valor de um nascimento, a depreciar o esforço, avultado, das famílias
na procura de um futuro melhor para os seus filhos, a empurrar as responsabilidades
que tem com o seu povo na habilitação de melhores condições de acesso a uma educação
que leve à prosperidade.
Lastimo que se tenha perdido a essência do Estado-providência
ou Estado Social, assente no conceito de compatibilidade (e até
complementaridade) entre desenvolvimento económico e proteção social, entre
acumulação de capital e legitimidade social e política de quem a garante; em
suma, entre capitalismo e democracia.
Acredito, contudo, que
novos caminhos se redefinirão, não só ao nível da aposta no rejuvenescimento da
população portuguesa, através de medidas que incentivem a natalidade, mas
também na redefinição do que é Estado-Social em Portugal, de forma a que cresçam
e proliferem políticas que compatibilizem crescimento económico com o
crescimento social, condição sine qua non para o desenvolvimento das
populações.
Feliz dia da Mãe para
todas!

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