terça-feira, 5 de maio de 2015

Estado de Alma


Ontem festejou-se mais um “dia da Mãe”. Celebro este dia desde que me lembro de ser pessoa, e sempre com flores, de filha para mãe. Desde há três anos que passei eu a receber flores e manualidades várias, peças de valor inestimável. Sou mãe.

Sou mãe num país que, apesar de envelhecido, continua a desacreditar o valor de um nascimento, a depreciar o esforço, avultado, das famílias na procura de um futuro melhor para os seus filhos, a empurrar as responsabilidades que tem com o seu povo na habilitação de melhores condições de acesso a uma educação que leve à prosperidade.

Lastimo que se tenha perdido a essência do Estado-providência ou Estado Social, assente no conceito de compatibilidade (e até complementaridade) entre desenvolvimento económico e proteção social, entre acumulação de capital e legitimidade social e política de quem a garante; em suma, entre capitalismo e democracia.

Acredito, contudo, que novos caminhos se redefinirão, não só ao nível da aposta no rejuvenescimento da população portuguesa, através de medidas que incentivem a natalidade, mas também na redefinição do que é Estado-Social em Portugal, de forma a que cresçam e proliferem políticas que compatibilizem crescimento económico com o crescimento social, condição sine qua non para o desenvolvimento das populações.


Feliz dia da Mãe para todas!

Sem comentários:

Enviar um comentário