sexta-feira, 24 de abril de 2015

CONFIDENCIAL

Na sociedade do pós 11 de setembro, do 11 de março, do recente “Je Suis Charlie”, e de tantos outros acontecimentos ligados ao terrorismo, que marcaram o mundo ocidental, os serviços de informações têm um papel fundamental na manutenção da segurança das sociedades. Mas, o que são serviços de informações ou “intelligence”?
Muitas definições de “intelligence” remetem para noções relacionadas com secretismo governamental, como característica distintiva do conceito, fazendo com que se mantenha a relação tradicional entre “intelligence” e confidencialidade.
Diante desta natureza sigilosa, os serviços de inteligência e o seu trabalho não se encaixa, confortavelmente, num quadro democrático, e, não raras vezes, colidem com os princípios democráticos de abertura, liberdade de expressão e participação. Não obstante, apesar do propósito e da atividade dos serviços de informações estar em nítido contraste com esses requisitos, há um amplo consenso de que estes serviços são úteis, se não essenciais ou indispensáveis na medida em que produzem informações necessárias à salvaguarda da independência nacional e à garantia da segurança.
E como encaixar toda esta, presumível, utilidade num contexto de dúvida e desconfiança face aos meios que estes serviços encontram para atingir os seus fins?Não me refiro aos escândalos nacionais relacionados com a cedência de informação privilegiada a entidades empresariais privadas, mas antes a realidades bem mais rebuscadas, muitas vezes retratadas na grande tela, onde agentes secretíssimos, através de malabarismos mais ou menos super-heroicos , combatem o terrorismo e aniquilam ameaças de dimensão mundial. E é com base na “intelligence” que tudo isto se proporciona, isto é , "intelligence" é "condição sine qua non"!

!

Sem comentários:

Enviar um comentário