Na sociedade do pós 11 de
setembro, do 11 de março, do recente “Je Suis Charlie”, e de tantos outros
acontecimentos ligados ao terrorismo, que marcaram o mundo ocidental, os
serviços de informações têm um papel fundamental na manutenção da segurança das
sociedades. Mas, o que são serviços de informações ou “intelligence”?
Muitas definições de
“intelligence” remetem para noções relacionadas com secretismo governamental,
como característica distintiva do conceito, fazendo com que se mantenha a
relação tradicional entre “intelligence” e confidencialidade.
Diante desta natureza sigilosa,
os serviços de inteligência e o seu trabalho não se encaixa, confortavelmente,
num quadro democrático, e, não raras vezes, colidem com os princípios
democráticos de abertura, liberdade de expressão e participação. Não obstante,
apesar do propósito e da atividade dos serviços de informações estar em nítido
contraste com esses requisitos, há um amplo consenso de que estes serviços são
úteis, se não essenciais ou indispensáveis na medida em que produzem
informações necessárias à salvaguarda da independência nacional e à garantia da
segurança.
E como encaixar toda esta,
presumível, utilidade num contexto de dúvida e desconfiança face aos meios que
estes serviços encontram para atingir os seus fins?Não me refiro aos escândalos
nacionais relacionados com a cedência de informação privilegiada a entidades
empresariais privadas, mas antes a realidades bem mais rebuscadas, muitas vezes
retratadas na grande tela, onde agentes secretíssimos, através de malabarismos
mais ou menos super-heroicos , combatem o terrorismo e aniquilam ameaças de
dimensão mundial. E é com base na “intelligence” que tudo isto se proporciona,
isto é , "intelligence" é "condição sine qua non"!
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